CIRURGIA DA FACE – LIFTING FACIAL
CONHEÇA ESSE PROCEDIMENTO CIRÚRGICO
O Lifting Facial ou Ritidoplastia é uma cirurgia eficaz no rejuvenescimento da face. A técnica propõe o reposicionamento dos volumes faciais e a retirada da flacidez de pele, atenuando rugas e sulcos. É indicada para pessoas de idade avançada e grande envelhecimento facial.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
PERGUNTAS E RESPOSTAS MAIS COMUNS SOBRE ESTE PROCEDIMENTO CIRÚRGICO
Não é possível, através da cirurgia, transformar uma face de 40 anos em uma de 20. Apesar de esta cirurgia visar rejuvenescê-lo, é impossível estabelecer o período de rejuvenescimento. A intenção da cirurgia da face é reposicionar as estruturas, com impressão de jovialidade, de rejuvenescimento.
A cirurgia plástica da face visa melhorar o aspecto da flacidez, rugas, sulcos profundos, etc., dando aspecto de rejuvenescimento à face. As cicatrizes serão permanentes, e vão se modificando com o decorrer do tempo. Recursos cosméticos como a maquiagem e penteados adequados disfarçam o inconveniente criado pelas cicatrizes recentes.
A localização das cicatrizes vão depender do planejamento cirúrgico e da técnica a ser utilizada em cada caso. Na maioria das vezes a técnica que utilizamos deixa cicatrizes que iniciam-se na lateral da cabeça (acima da orelha, na região do cabelo), passam pela frente da orelha, contornando-a até a metade da sua região posterior onde continuam pela região do cabelo novamente em direção a nuca.
Mas dependendo do planejamento cirúrgico, podemos ter cicatrizes no pescoço, pálpebras ou que passem pela frente do cabelo (ao invés de por dentro dele) e até mesmo cicatrizes menores, que não cheguem a região posterior da orelha. Portanto a localização da sua cicatriz deve ser discutida durante a consulta pré-operatória.
As cicatrizes terão as localizações já explicadas e são planejadas para ficarem o mais disfarçadas possível, e passarão por vários períodos de evolução, como se segue:
- Período imediato: vai até o 30º dia e apresenta-se com aspecto pouco visível. Alguns casos apresentam discreta reação aos pontos ou ao curativo.
- Período mediato: vai do 30º dia até o 12º mês. Neste período haverá espessamento natural da cicatriz, bem como mudança de sua cor. Este período é o menos favorável da evolução cicatricial; como não podemos apressar o processo natural da cicatrização, recomendamos às pacientes que aguardem, pois o período tardio se encarregará de diminuir os vestígios cicatriciais.
- Período tardio: vai do 12º ao 18º mês. Neste período, a cicatriz começa a tornar-se mais clara e menos consistente atingindo, assim, o seu aspecto definitivo. Qualquer avaliação do resultado definitivo da cirurgia das pálpebras deverá ser feita após este período. Raros casos ultrapassam este período para atingir a maturação definitiva da cicatriz.
Lembre-se: Cada paciente comporta-se diferentemente do outro, em relação à evolução das cicatrizes
Certos pacientes apresentam tendência à cicatrização hipertrófica ou ao queloide. Essa tendência, entretanto, poderá ser avaliada, até certo ponto, durante a consulta inicial. Pessoas de pele negra têm maior predisposição ao queloide ou à cicatriz hipertrófica, entretanto, isto não é uma regra absoluta. A análise prévia das cicatrizes nos facilitará o prognóstico cicatricial, porém é impossível prever a ocorrência ou não deste tipo de cicatrização. O fato de se ter uma cicatriz boa ou um queloide não significa que a próxima cicatriz se comportara da mesma forma. Este tipo de complicação depende exclusivamente da cicatrização da paciente e não dos cuidados tomados pela equipe cirúrgica.
Existem locais do corpo onde a ocorrência destes problemas são mais prováveis, nas pálpebras a incidência de cicatrizes inestéticas é muito baixa.
Vários recursos clínicos e cirúrgicos nos permitem melhorar tais cicatrizes inestéticas. Não se deve confundir, entretanto, o “período mediato” da cicatrização normal (do 30º dia até o 12º mês) como sendo uma complicação cicatricial. As cicatrizes hipertróficas podem ser tratadas através de procedimentos ambulatoriais desde o seu surgimento, porém o tratamento cirúrgico destas só é recomendado após o 18º mês ao contrário dos queloides que podem ser tratados cirurgicamente mais cedo.
A cirurgia da face, pescoço e pálpebras retardam visualmente o processo de envelhecimento desses territórios. Retardam, mas não interrompem o “processo evolutivo do organismo”. E em alguns casos, há necessidade de complementos, após curto período de tempo ou novas cirurgias a médio/longo prazo.
Ou seja, não existe um tempo determinado de duração desta cirurgia, pois a paciente continuará envelhecendo. O tempo até que os sinais de envelhecimento apareçam novamente vai variar de acordo com as características particulares de cada indivíduo.
Poderá ser utilizada a anestesia geral.
Depende do tipo de anestesia, na maioria das vezes a paciente fica entre 12 a 24 horas, sempre levando em conta o conforto e segurança do paciente.
Sim. Geralmente são utilizados curativos. E devem ser feitos da seguinte forma:
- Manter o primeiro curativo em torno das primeiras 72 horas, ele deverá ser retirado pela própria paciente em casa.
- No terceiro dia a paciente deverá retirar o curativo e lavar a ferida no banho, com água corrente e shampoo ou sabonete neutro.
- Secar a ferida com secador de cabelos, com vento frio.
- Passar Mertiolate (clorexidina) sobre a cicatriz (pode ser em forma de spray ou liquida).
- A partir deste momento a ferida pode ficar aberta, não sendo aconselhável a colocação de esparadrapos, pois mesmo os antialérgicos, comumente causam reações alérgicas, provocando bolhas que pode deixar cicatrizes nos locais.
Após a retirada do curativo, no terceiro dia pós-operatório poderão ser lavados e penteados os cabelos (com cautela) utilizando-se somente a polpa dos dedos, não usar as unhas. Para secá-los, pode-se utilizar secador manual com ar frio. As tinturas geralmente após a 4ª semana. A maquiagem no rosto só deve ser utilizada a partir da 1ª semana, caso tudo ocorra bem.
Não. É recomendada a aplicação de compressas de gaze com gelo ou embebidas em água gelada sobre os olhos, que podem ser trocadas periodicamente, várias vezes ao dia.
Não colocar o gelo diretamente sobre a pele, pois pode causar queimaduras, deixando cicatrizes permanentes no local. Sempre utilizar uma gaze úmida entre o gelo e a pele.
A cirurgia da face usualmente não evolui com dor intensa, porém ocasionalmente poderá ocorrer, sendo facilmente controlada com os analgésicos prescritos.
Os cabelos quando cortados abrangem apenas as áreas das incisões, portanto, as áreas onde os cabelos foram cortados serão retiradas na cirurgia, na sua quase totalidade, não ficando uma falha muito extensa, a qual, no pós-operatório imediato poderá ser disfarçada com um penteado adequado.
Até que se consiga atingir o resultado almejado, diversas fases evolutivas são características deste tipo de cirurgia. Assim, edemas (inchaço), “manchas” de infiltrado sanguíneo, hipersensibilidade de algumas áreas, insensibilidade de outras, são comuns a todos os pacientes, evidentemente, alguns pacientes apresentarão esses fenômenos com maior ou menor intensidade que outros. O seu organismo se encarregará de dissipar esses pequenos transtornos. Toda e qualquer preocupação de sua parte deverá ser transmitida ao seu cirurgião, que lhe prestará os esclarecimentos necessários para sua tranqüilidade. Um curto período de “depressão emocional” poderá ocorrer nos primeiros dias, devido ao aspecto transitório, geralmente advém da “ansiedade em atingir o resultado final o quanto antes”. Tenha paciência, lembre-se que nenhum resultado de cirurgia de rejuvenescimento facial poderá ser avaliado antes de pelo menos 3 a 6 meses de pós-operatório.
Sim. Ha vários fatores que condicionam o resultado deste procedimento: a técnica a ser usada, os cuidados pós-operatórios, a colaboração do paciente, medidas dietéticas adequadas, exercício físico, genética, etc. Pode ser necessária a realização de cirurgias complementares para se obter um resultado final melhor. É interessante observar que são considerados retoques a correção de pequenas imperfeições. Lembre-se que existem limites para a cirurgia de rejuvenescimento facial e que você não ficará com o rosto igual ao que tinha aos 18 anos. Além disto algumas áreas da face não são tratadas com a cirurgia e podem necessitar de procedimentos estéticos complementares como por exemplo: Botox, preenchimentos, peelings, dentre outros.
Todo ato médico inclui um risco variável e a cirurgia plástica como parte da medicina, não é exceção. Pode-se minimizar o risco preparando-se convenientemente cada paciente, mas não eliminá-lo completamente. Desde que realizada dentro dos padrões técnicos, por cirurgiões plásticos qualificados, em hospitais equipados e estando o paciente saudável, este risco pode ser bem reduzido.
A Trombose Venosa Profunda (TVP) é uma doença causada pela formação de um trombo (coágulo sanguíneo) dentro de um vaso (veia), o que pode resultar no bloqueio do sangue, impedindo-o de fluir através deste vaso. Seus principais sintomas são edema e dor.
Nossa principal preocupação é que pode acontecer deste coagulo se desprender e se movimentar na corrente sanguínea, este fenômeno é chamado de embolia. Em uma embolia o coagulo pode ficar preso no cérebro, nos pulmões, no coração ou em outra área, levando a lesões graves e até mesmo a morte.
A trombose ocorre devido a três fatores: alguma anormalidade da coagulação (hipercoagulabilidade), lesão da parede do vaso sanguíneo (trauma ou infecção), ou quando há uma diminuição da velocidade do fluxo sanguíneo. Como na cirurgia o paciente fica muito tempo em repouso, tanto durante a sua realização, quanto no período de recuperação pós-operatória, o risco de se desenvolver uma trombose está aumentado quando realizamos cirurgias.
Sim. Existem medidas profiláticas que visam diminuir o risco de se desenvolver esta patologia. Porém, é bom esclarecer que todas as medidas apenas diminuem o risco, não sendo possível eliminar totalmente o risco de se desenvolver uma trombose ou uma embolia.
Esta prevenção é feita através da utilização de uma tabela de análise dos fatores de risco para o aparecimento de trombose. Para cada fator de risco encontrado, são atribuídos pontos e de acordo com a pontuação final, o risco de se desenvolver trombose é classificado em baixo, médio e alto.
De acordo com o risco de se desenvolver trombose o cirurgião opta por tomar medidas profiláticas, que podem ser divididas em clinicas (uso de bota de pressão intermitente, massagem, deambulação precoce, uso de meias elásticas) ou medicamentosas (uso de anticoagulantes).
Porém algumas destas medidas também podem ocasionar em complicações, como por exemplo o uso de anticoagulantes pode levar a hemorragias, por isso temos que analisar o risco de se desenvolver trombose e o risco de se desenvolver hemorragias para decidir em qual caso devemos tomar quais medidas.
Por este motivo, não existe uma regra a ser usada na prevenção da trombose em todos os pacientes. O cirurgião tem que analisar cada paciente, para decidir qual o melhor método que se aplica.
É recomendado que se pare o uso destes hormônios, pelo menos 30 dias antes da realização da cirurgia. Porém seu uso não impede que se realize o procedimento cirúrgico.
O anticoncepcional é um dos fatores responsáveis pelo desenvolvimento dos fenômenos tromboembólicos (trombose e embolia) e a suspensão do seu uso diminui significativamente a ocorrência de tais problemas.
Caso a paciente opte em não parar de tomar, tem que saber que estará com risco aumentado de trombose, sendo neste caso, extremamente importante que a relate ao cirurgião que está usando esta medicação.
Sim. O cigarro é um dos principais responsáveis pelo aparecimento de complicações cirúrgicas. Acarretando em problemas tanto durante a cirurgia, quanto no pós-operatório.
Dentre estas complicações estão: pneumonia, trombose, embolia, necrose da pele, deficiência da cicatrização, abertura de pontos. Além destas, inúmeras outras complicações cirúrgicas podem ser causadas pelo fumo.
A suspensão do cigarro para que diminua significativamente a chance destas complicações deve ser feita com 30 dias de antecedência. O ideal é que a paciente não fume até o 30º dia de pós-operatório, pois neste período o fumo aumenta bastante a chance de queloides e cicatrizes hipertróficas.
Caso a paciente opte por não parar de fumar, a cirurgia poderá sim, ser realizada, mas ela tem que estar ciente que está aumentando, e muito, o risco de complicações e de resultados indesejados.
Caso a paciente opte por não parar de fumar ou parar por um período inferior ao recomendado é de extrema importância que ela relate ao cirurgião a verdade para que possamos tomar alguns outros cuidados com intuito de tentar minimizar o risco.
Mesmo que não pare de fumar pelo tempo recomendado, parar por um tempo menor, ou apenas diminuir a quantidade de cigarros fumados, não elimina, mas diminui o risco de complicações.