CIRURGIA DA FACE – BLEFAROPLASTIA
CONHEÇA ESSE PROCEDIMENTO CIRÚRGICO
A blefaroplastia ou plástica de pálpebras é a cirurgia que tem como objetivo retirar o excesso de pele e bolsa de gordura na região palpebral.
Com o passar dos anos, a pele perde elasticidade, tornando-se flácida e com rugas.
Esse processo pode ser acelerado devido ao excesso de exposição solar ou perda súbita de peso, fazendo com que as pálpebras fiquem salientes. Essas alterações ficam evidenciadas pelas dobras da pele conferindo um aspecto facial pesado, de tristeza e cansaço.
A blefaroplastia pode ajudar a renovar e revitalizar o rosto com a diminuição da flacidez palpebral, dos excedentes de pele e das bolsas que se formam sob os olhos.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
PERGUNTAS E RESPOSTAS MAIS COMUNS SOBRE ESTE PROCEDIMENTO CIRÚRGICO
Fatores como idade, textura da pele, distúrbios da acuidade visual, problemas emocionais, etc., poderão deixar como consequência sua marca na região das pálpebras. Quando você é examinado(a) pelo cirurgião plástico, este estará fazendo uma análise profunda para intervir somente nos pontos necessários.
Muitas vezes o problema das pálpebras ocorre devido a fatores clínicos, não estando indicada qualquer cirurgia (olheiras, edemas, etc.). Outras vezes, os problemas clínicos estão associados ao cirúrgico e, mesmo que se opere devidamente as pálpebras, ainda assim persistirá um percentual de disformidade original, decorrente do distúrbio clínico associado.
A cirurgia plástica das pálpebras corrige apenas os excessos de pele, gordura e flacidez muscular do território palpebral, podendo, em certos casos, melhorar o aspecto funcional além de estético.
Não existe uma idade ideal, mas sim, a oportunidade ideal. Essa oportunidade é determinada pela presença da disformidade a ser corrigida e geralmente ocorre durante ou após os quarenta anos.
Pela extensão da cirurgia e boa qualidade dos anestésicos, a maioria dos casos é operada sob anestesia local (em alguns casos, com uma sedação prévia). Poderá também ser feita sob anestesia geral. Reserva-se esta última conduta para os casos em que clinicamente está contraindicada a anestesia local ou mesmo, quando a blefaroplastia esteja sendo feita simultaneamente a outras cirurgias nas quais sejam indicadas este tipo de anestesia.
Em média quando realizada com anestesia local é de 6 a 12 horas e com anestesia geral é de 24 horas.
Normalmente, em torno de 90 minutos. Dependendo do caso, existem detalhes que podem prolongar este tempo. Entretanto, o tempo de ato cirúrgico não deve ser confundido com o tempo de permanência do paciente no ambiente de centro cirúrgico, pois, esta permanência envolve também o período de preparação anestésica e recuperação pós-operatória. Seu médico poderá lhe informar quanto ao tempo total.
Geralmente não. Mesmo que ocorra uma sensibilidade maior ou pequenos surtos de dor, estes poderão ser perfeitamente tratados com o uso de analgésicos, que serão prescritos na ocasião da alta hospitalar.
O edema (inchaço) dos olhos varia de paciente para paciente. Existem aqueles que já no 4º ou 5º dia apresentam um aspecto bastante natural, outros irão atingir este resultado após o 8º dia. Mesmo assim, os 3 primeiros dias do pós-operatório são aqueles em que existem maior “inchaço” das pálpebras. O uso de óculos escuros poderá ser útil nesta fase, assim como a utilização de compressas frias diminui a intensidade do edema. Somente após o 3º mês é que poderemos dizer que o edema residual é discreto.
Nada mais são do que a infiltração do sangue na pele subjacente, e mesmo na conjuntiva ocular; são devidas ao próprio trauma cirúrgico. Isto, entretanto, não constitui qualquer problema futuro e não é considerado como complicação, mas sim, uma intercorrência transitória e reversível.
Após o 3º mês já teremos um resultado praticamente definitivo, porém resultado final somente após 12 meses.
Você não ficará com os olhos ocluídos. Os pontos ficam expostos (sem curativos nesta região).
Os curativos são feitos da seguinte forma:
- Lavar os olhos com soro fisiológico (0,9%) quantas vezes ao dia forem necessárias, ou por acumulo de secreção ou por sensação de ressecamento dos olhos (comuns nos primeiros dias de pós-operatório). Recomendamos inclusive que se guarde o soro na geladeira, pois o soro gelado dará uma sensação bastante agradável.
- Passar mertiolate (clorexidina) sobre os pontos. Pode-se passar com um cotonete, para evitar que caia no olho. Caso caia no olho, lavar com bastante soro fisiológico ou água corrente.
- É muito importante lembrar que, ao limpar a pálpebra inferior, sempre devemos faze-lo de baixo para cima.
Ao operar as pálpebras inferiores temos que tirar sempre um pouco menos de pele do que imaginamos ser o ideal para evitar a formação de ectrópio palpebral (a pálpebra inferior fica puxada pra baixo com isso o olha não fecha totalmente, não permitindo que se lubrifique a córnea, o que pode gerar uma ulcera de córnea).
Como já dito anteriormente, também é importante que durante o curativo, ao limpar a pálpebra inferior sempre devemos faze-lo de baixo para cima.
Sendo a pele das pálpebras de espessura muito fina, as cicatrizes tendem a ficar bem disfarçadas nos sulcos da pele. Para tanto, deve ser aguardado o período de maturação das cicatrizes para que se possa analisa-la, isto ocorre por volta do 12º ao 18º mês de pós-operatório.
Pela sua localização são passíveis de serem disfarçadas com uma maquiagem leve, desde os primeiros dias.
As cicatrizes terão as localizações já explicadas e são planejadas para que fiquem discretas. São vários os períodos de evolução:
- Período imediato: vai até o 30º dia e apresenta-se com aspecto pouco visível. Alguns casos apresentam discreta reação aos pontos ou ao curativo.
- Período mediato: vai do 30º dia até o 12º mês. Neste período haverá espessamento natural da cicatriz, bem como mudança de sua cor. Este período é o menos favorável da evolução cicatricial; como não podemos apressar o processo natural da cicatrização, recomendamos às pacientes que aguardem, pois o período tardio se encarregará de diminuir os vestígios cicatriciais.
- Período tardio: vai do 12º ao 18º mês. Neste período, a cicatriz começa a tornar-se mais clara e menos consistente atingindo, assim, o seu aspecto definitivo. Qualquer avaliação do resultado definitivo da cirurgia das pálpebras deverá ser feita após este período. Raros casos ultrapassam este período para atingir a maturação definitiva da cicatriz.
Lembre-se: cada paciente comporta-se diferentemente do outro em relação à evolução das cicatrizes.
Certos pacientes apresentam tendência à cicatrização hipertrófica ou ao queloide. Essa tendência, entretanto, poderá ser avaliada, até certo ponto, durante a consulta inicial. Pessoas de pele negra têm maior predisposição ao queloide ou à cicatriz hipertrófica, entretanto, isto não é uma regra absoluta. A análise prévia das cicatrizes nos facilitará o prognóstico cicatricial, porém é impossível prever a ocorrência ou não deste tipo de cicatrização. O fato de se ter uma cicatriz boa ou um queloide não significa que a próxima cicatriz se comportara da mesma forma. Este tipo de complicação depende exclusivamente da cicatrização da paciente e não dos cuidados tomados pela equipe cirúrgica.
Existem locais do corpo onde a ocorrência destes problemas são mais prováveis, nas pálpebras a incidência de cicatrizes inestéticas é muito baixa.
Vários recursos clínicos e cirúrgicos nos permitem melhorar tais cicatrizes inestéticas. Não se deve confundir, entretanto, o “período mediato” da cicatrização normal (do 30º dia até o 12º mês) como sendo uma complicação cicatricial. As cicatrizes hipertróficas podem ser tratadas através de procedimentos ambulatoriais desde o seu surgimento, porém o tratamento cirúrgico destas só é recomendado após o 18º mês ao contrário dos queloides que podem ser tratados cirurgicamente mais cedo.
Todo ato médico inclui um risco variável e a cirurgia plástica como parte da medicina, não é exceção. Pode-se minimizar o risco preparando-se convenientemente cada paciente, mas não eliminá-lo completamente. Desde que realizada dentro dos padrões técnicos, por cirurgiões plásticos qualificados, em hospitais equipados e estando o paciente saudável, este risco pode ser bem reduzido.
A Trombose Venosa Profunda (TVP) é uma doença causada pela formação de um trombo (coágulo sanguíneo) dentro de um vaso (veia), o que pode resultar no bloqueio do sangue, impedindo-o de fluir através deste vaso. Seus principais sintomas são edema e dor.
Nossa principal preocupação é que pode acontecer deste coagulo se desprender e se movimentar na corrente sanguínea, este fenômeno é chamado de embolia. Em uma embolia o coagulo pode ficar preso no cérebro, nos pulmões, no coração ou em outra área, levando a lesões graves e até mesmo a morte.
A trombose ocorre devido a três fatores: alguma anormalidade da coagulação (hipercoagulabilidade), lesão da parede do vaso sanguíneo (trauma ou infecção), ou quando há uma diminuição da velocidade do fluxo sanguíneo. Como na cirurgia o paciente fica muito tempo em repouso, tanto durante a sua realização, quanto no período de recuperação pós-operatória, o risco de se desenvolver uma trombose está aumentado quando realizamos cirurgias.
Sim. Existem medidas profiláticas que visam diminuir o risco de se desenvolver esta patologia. Porém, é bom esclarecer que todas as medidas apenas diminuem o risco, não sendo possível eliminar totalmente o risco de se desenvolver uma trombose ou uma embolia.
Esta prevenção é feita através da utilização de uma tabela de análise dos fatores de risco para o aparecimento de trombose. Para cada fator de risco encontrado, são atribuídos pontos e de acordo com a pontuação final, o risco de se desenvolver trombose é classificado em baixo, médio e alto.
De acordo com o risco de se desenvolver trombose o cirurgião opta por tomar medidas profiláticas, que podem ser divididas em clinicas (uso de bota de pressão intermitente, massagem, deambulação precoce, uso de meias elásticas) ou medicamentosas (uso de anticoagulantes).
Porém algumas destas medidas também podem ocasionar em complicações, como por exemplo o uso de anticoagulantes pode levar a hemorragias, por isso temos que analisar o risco de se desenvolver trombose e o risco de se desenvolver hemorragias para decidir em qual caso devemos tomar quais medidas.
Por este motivo, não existe uma regra a ser usada na prevenção da trombose em todos os pacientes. O cirurgião tem que analisar cada paciente, para decidir qual o melhor método que se aplica.
É recomendado que se pare o uso destes hormônios, pelo menos 30 dias antes da realização da cirurgia. Porém seu uso não impede que se realize o procedimento cirúrgico.
O anticoncepcional é um dos fatores responsáveis pelo desenvolvimento dos fenômenos tromboembólicos (trombose e embolia) e a suspensão do seu uso diminui significativamente a ocorrência de tais problemas.
Caso a paciente opte em não parar de tomar, tem que saber que estará com risco aumentado de trombose, sendo neste caso, extremamente importante que a relate ao cirurgião que está usando esta medicação.
Sim. O cigarro é um dos principais responsáveis pelo aparecimento de complicações cirúrgicas. Acarretando em problemas tanto durante a cirurgia, quanto no pós-operatório.
Dentre estas complicações estão: pneumonia, trombose, embolia, necrose da pele, deficiência da cicatrização, abertura de pontos. Além destas, inúmeras outras complicações cirúrgicas podem ser causadas pelo fumo.
A suspensão do cigarro para que diminua significativamente a chance destas complicações deve ser feita com 30 dias de antecedência. O ideal é que a paciente não fume até o 30º dia de pós-operatório, pois neste período o fumo aumenta bastante a chance de queloides e cicatrizes hipertróficas.
Caso a paciente opte por não parar de fumar, a cirurgia poderá sim, ser realizada, mas ela tem que estar ciente que está aumentando, e muito, o risco de complicações e de resultados indesejados.
Caso a paciente opte por não parar de fumar ou parar por um período inferior ao recomendado é de extrema importância que ela relate ao cirurgião a verdade para que possamos tomar alguns outros cuidados com intuito de tentar minimizar o risco.
Mesmo que não pare de fumar pelo tempo recomendado, parar por um tempo menor, ou apenas diminuir a quantidade de cigarros fumados, não elimina, mas diminui o risco de complicações.
Se você está ciente do que deseja e não espera resultados milagrosos, sem dúvida compensa. Entretanto, é importante levar em consideração o fato de que a cirurgia das pálpebras não proporciona rejuvenescimento geral à face, quando executada isoladamente. Muitas pacientes esperam este resultado (rejuvenescimento) apenas com a blefaroplastia. O cirurgião plástico apenas melhorará essa região prejudicada pelas disformidades estéticas pré-existentes. O rejuvenescimento da face implica em outras condutas associadas à blefaroplastia. Convém salientar que uma leve assimetria poderá ocorrer, pois, mesmo as pessoas não operadas, não apresentam simetria absoluta. Devido a fatores intrínsecos a cada indivíduo que faz com que a reação cicatricial em cada pessoa seja diferente e ao critério subjetivo do conceito de beleza de cada pessoa, não temos como garantir resultados.