CIRURGIA DA FACE – RINOPLASTIA

CONHEÇA ESSE PROCEDIMENTO CIRÚRGICO

O nariz é fundamental na composição da beleza e equilíbrio do rosto. Por localizar-se no centro da face, é alvo de muita atenção e suas alterações podem causar impacto na autoestima. A Rinoplastia tem como objetivo alcançar a harmonia facial, tratando as alterações estéticas e funcionais do nariz. As alterações nasais podem ser de origem genética ou pós-traumáticas.

PERGUNTAS E RESPOSTAS

PERGUNTAS E RESPOSTAS MAIS COMUNS SOBRE ESTE PROCEDIMENTO CIRÚRGICO

A rinoplastia deixa cicatrizes?

Certos narizes permitem que as cicatrizes fiquem escondidas dentro da cavidade nasal. Nestes casos, não haverá cicatriz aparente. Em outros casos, entretanto, existem cicatrizes externas, pouco aparentes, na columela ou nas asas nasais feitas para se harmonizar melhor o resultado.

Poderei escolher, para o meu futuro nariz, a forma que eu desejar?

Não. Existe um equilíbrio estético entre o nariz e a face, equilíbrio este que o cirurgião deve observar, a fim de preservar a naturalidade e autenticidade dessa face. A qualidade da pele do nariz também poderá interferir no prognóstico do resultado almejado. Cada caso é estudado para que se possa dar ao nariz a melhor forma possível, dentro das exigências da face. Se a sua escolha coincidir com aquele tipo de nariz planejado, sem dúvida seu desejo será atendido. Cirurgião e paciente deverão estar de acordo com o resultado possível de se obter. Além disso, o nariz tem inúmeras funções, dentre elas respiração e olfação, que precisam ser respeitadas.

O resultado definitivo em relação à forma e função é imediato?

Não. Várias fases são características do pós-operatório do nariz. Em uma 1ª fase notamos um edema (inchaço) que vai diminuindo com o passar dos dias e que tende a se normalizar em torno 12 a 18 meses, não sendo, portanto, possível se avaliar o resultado de cirurgia estética do nariz antes deste período.

Como ficará minha respiração após a cirurgia?

A rinoplastia visa melhorar as condições estéticas. Poderá, devido ao edema, haver pequena dificuldade respiratória em certos períodos do dia no pós-operatório imediato, que com o decorrer do tempo tende a normalizar-se. Quando a correção do septo se faz necessária, a rinoplastia poderá ser feita simultaneamente ou numa segunda oportunidade, de acordo com o caso.

Por quanto tempo persiste o resultado obtido?

O resultado de uma rinoplastia persiste por longo tempo. Após alguns anos, como em qualquer parte do organismo, poderão ocorrer algumas alterações morfológicas na região nasal, decorrente do processo de envelhecimento do paciente.

Que tipo de anestesia é utilizado para a operação?

Anestesia geral é a mais segura para este tipo de cirurgia, porém a anestesia local com sedação também pode ser utilizada em casos específicos de acordo com a avaliação do médico anestesiologista.

Qual o tempo de internação?

Em geral 24 horas.

São utilizados curativos?

O nariz é mantido imobilizado com um material sintético, que o recobre totalmente, permanecendo por cerca de sete dias, geralmente este molde cai sozinho com a regressão do edema, se não cair será retirado pelo médico no momento da revisão cirúrgica. Após a retirada desta imobilização deixaremos um curativo com micropore por mais 4 dias. O tamponamento nasal, é deixado por 24 horas. Quando da associação com septoplastia, o tempo de permanência dos tampões poderá ser ampliado.

O nariz sangra nos primeiros dias?

Existe um pequeno sangramento, que é normal nas primeiras 48 horas. Isto, entretanto, não deverá ser motivo de preocupação.

Há dor no pós-operatório?

A rinoplastia apresenta pós-operatório geralmente confortável. Quando ocorrer uma eventual dor, esta é usualmente combatida com analgésicos.

Em que posição deverei dormir, nos primeiros dias?

Sempre com a cabeça discretamente elevada do leito (travesseiro). Manter-se com a face voltada para cima.

Quando poderei tomar sol?

Enquanto houver manchas roxas (equimoses), deve-se evitar a exposição solar.

Há risco nesta cirurgia?

Todo ato médico inclui no seu bojo, um risco variável e a cirurgia plástica, como parte da medicina, não é exceção. Pode-se minimizar o risco, preparando-se convenientemente cada paciente, mas não eliminá-lo completamente. É importante também salientar que esta cirurgia deve sempre ser realizada por cirurgiões plásticos habilitados (verifique se o seu cirurgião tem título de especialista emitido pela sociedade brasileira de cirurgia plástica, única sociedade capacitada para expedição de tal título no site www.cirurgiaplastica.org.br), não devendo ser realizadas em consultórios e sim em hospitais devidamente equipados para intervir em qualquer intercorrência que por ventura venha a ocorrer.

Quando realizada por cirurgião plástico habilitado, em hospitais equipados e em pacientes saudáveis, a rinoplastia é um procedimento com índice de complicações muito baixo.

O que é trombose? Isto pode ocorrer na minha cirurgia?

A Trombose Venosa Profunda (TVP) é uma doença causada pela formação de um trombo (coágulo sanguíneo) dentro de um vaso (veia), o que pode resultar no bloqueio do sangue, impedindo-o de fluir através deste vaso.  Seus principais sintomas são edema e dor.

Nossa principal preocupação é que pode acontecer deste coagulo se desprender e se movimentar na corrente sanguínea, este fenômeno é chamado de embolia. Em uma embolia o coagulo pode ficar preso no cérebro, nos pulmões, no coração ou em outra área, levando a lesões graves e até mesmo a morte.

A trombose ocorre devido a três fatores:  alguma anormalidade da coagulação (hipercoagulabilidade), lesão da parede do vaso sanguíneo (trauma ou infecção), ou quando há uma diminuição da velocidade do fluxo sanguíneo. Como na cirurgia o paciente fica muito tempo em repouso, tanto durante a sua realização, quanto no período de recuperação pós-operatória, o risco de se desenvolver uma trombose está aumentado quando realizamos cirurgias.

Existe algum método preventivo para evitar que eu tenha trombose no pós-operatório?

Sim. Existem medidas profiláticas que visam diminuir o risco de se desenvolver esta patologia. Porém, é bom esclarecer que todas as medidas apenas diminuem o risco, não sendo possível eliminar totalmente o risco de se desenvolver uma trombose ou uma embolia.

Esta prevenção é feita através da utilização de uma tabela de análise dos fatores de risco para o aparecimento de trombose. Para cada fator de risco encontrado, são atribuídos pontos e de acordo com a pontuação final, o risco de se desenvolver trombose é classificado em baixo, médio e alto.

De acordo com o risco de se desenvolver trombose o cirurgião opta por tomar medidas profiláticas, que podem ser divididas em clinicas (uso de bota de pressão intermitente, massagem, deambulação precoce, uso de meias elásticas) ou medicamentosas (uso de anticoagulantes).

Porém algumas destas medidas também podem ocasionar em complicações, como por exemplo o uso de anticoagulantes pode levar a hemorragias, por isso temos que analisar o risco de se desenvolver trombose e o risco de se desenvolver hemorragias para decidir em qual caso devemos tomar quais medidas.

Por este motivo, não existe uma regra a ser usada na prevenção da trombose em todos os pacientes. O cirurgião tem que analisar cada paciente, para decidir qual o melhor método que se aplica.

Eu tomo hormônios (anticoncepcional, reposição hormonal) posso continuar usando?

É recomendado que se pare o uso destes hormônios, pelo menos 30 dias antes da realização da cirurgia. Porém seu uso não impede que se realize o procedimento cirúrgico.

O anticoncepcional é um dos fatores responsáveis pelo desenvolvimento dos fenômenos tromboembólicos (trombose e embolia) e a suspensão do seu uso diminui significativamente a ocorrência de tais problemas.

Caso a paciente opte em não parar de tomar, tem que saber que estará com risco aumentado de trombose, sendo neste caso, extremamente importante que a relate ao cirurgião que está usando esta medicação.

Eu fumo, isto pode prejudicar a cirurgia? Quanto tempo devo ficar sem fumar?

Sim. O cigarro é um dos principais responsáveis pelo aparecimento de complicações cirúrgicas. Acarretando em problemas tanto durante a cirurgia, quanto no pós-operatório.
Dentre estas complicações estão: pneumonia, trombose, embolia, necrose da pele, deficiência da cicatrização, abertura de pontos. Além destas, inúmeras outras complicações cirúrgicas podem ser causadas pelo fumo.
A suspensão do cigarro para que diminua significativamente a chance destas complicações deve ser feita com 30 dias de antecedência. O ideal é que a paciente não fume até o 30º dia de pós-operatório, pois neste período o fumo aumenta bastante a chance de queloides e cicatrizes hipertróficas.
Caso a paciente opte por não parar de fumar, a cirurgia poderá sim, ser realizada, mas ela tem que estar ciente que está aumentando, e muito, o risco de complicações e de resultados indesejados.
Caso a paciente opte por não parar de fumar ou parar por um período inferior ao recomendado é de extrema importância que ela relate ao cirurgião a verdade para que possamos tomar alguns outros cuidados com intuito de tentar minimizar o risco.
Mesmo que não pare de fumar pelo tempo recomendado, parar por um tempo menor, ou apenas diminuir a quantidade de cigarros fumados, não elimina, mas diminui o risco de complicações.

Qual a evolução pós-operatória?

Até que se atinja o resultado almejado, diversas fases evolutivas são características deste tipo de cirurgia. Assim é que edemas (inchaço), “manchas” de infiltrado sanguíneo, dificuldade respiratória nos primeiros dias, são comuns e alguns apresentam estes fenômenos com menor intensidade que outros. Toda e qualquer preocupação de sua parte deverá ser transmitida ao seu cirurgião plástico.